sábado, 2 de abril de 2011

Coisas de meninos e de meninas


O que anda acontecendo é que Emanuel está encantado pela chatinha da Angelina Ballerina (personagem extramamente criticada por mim em outros posts)..
Não tente puxar assunto com ele durante o desenho. Ele não mexe a cabeça, não conversa, não interaje com você de maneira nenhuma.
Ele fica 100% focado no desenho da ratinha chata.

Até aí tudo bem, não fosse ele ficar cantarolando o tema do desenho o dia inteiro pela casa e dançando na ponta dos pés, dando rodopios.
-" Angelina Balinaaaaa, la la la la... la la la la..."

Por mim, tudo bem. Já que sou totalmente desencanada, e tenho as minhas teorias bem fundamentadas e fixadas na minha cabeça sobre isso.
Pra mim, diferenciação entre brincadeiras de meninos e meninas existe na cabeça das pessoas que rodeiam as crianças.
Para a criança pequena, ela não entende que boneca é de menina e carrinho é de menino. Ou que azul é cor de menino e rosa, é cor de menina.
Pode ficar despreocupada se vc está passando por isso, mãezinha!

Sua menina não vai vai ter predisposição ao lesbianismo se gostar de carrinho ou de bola.
E seu filho homem não será afeminado, porque põe seu sapato de salto e anda pela casa,ou porque, no meu caso, seu desenho favorito é o da Angelina Ballerina.

Nem sei porque tô me referindo as mães, porque com certeza, a mãe é sempre desencanada na maioria dos casos.
Já o pai, é quem é o preconceituoso da situação.

No meu caso não é diferente.
Meu marido é machão.
Não é forçado.
Eu já o conheci assim. Eu sabia que seria assim.

Ele vem de um histórico militar, super rígido.
Sempre foi o provedor da família.
Então reagir de maneira abrupta quando vê nosso filho em alguma das situações citadas acima, não desce na garganta dele de jeito nenhum.
E ele cobra de mim.
_Poxa dani, explica pra ele que não pode!!
_Filho! Para! Isso é coisa de menina!

E ele fica sem entender, e eu sem tomar atitude alguma
Pq na minha visão, isso é normal.





Fica a pergunta pra voce analisar comigo?
Qual a diferença de uma Barbie pra um Max Steel?
Ambos são Bonecos!
Han? han?




REPORTAGEM DA REVISTA CRESCER:

Mãe, me dá um carrinho de aniversário?”, perguntou Manuela, de 3 anos. “Claro, filha. Você quer dizer um carrinho para levar as bonecas?”, ironizou a mãe, a secretária Fernanda Mendes Messias. M “

Fernanda, assim como muitos pais, tem receio de que a filha, que adora carrinhos e espadas, seja influenciada pelas brincadeiras pouco adequadas ao seu sexo. “Temo que ela fique muito moleca”, admite. Pais de meninos são ainda mais zelosos. “Eles perguntam se é normal o filho gostar de bonecas. Alguns até proíbem as brincadeiras”, afirma a psicóloga Evani Pecci Costa, diretora da Brinquedoteca Apoio Total, em São Paulo. A dúvida dos pais, em geral, está relacionada à orientação sexual das crianças no futuro. Será que meu filho vai ficar afeminado se vestir a fantasia da Cinderela? E minha filha, fã de lutas marciais, será uma mulher abrutalhada? Vamos deixar claro desde o início: essas inquietações não têm fundamento algum.

“Não existe brincadeira de menino ou de menina. A diferenciação é apenas cultural. Essa separação não se observa, por exemplo, em algumas tribos indígenas. O brincar não exerce influência sobre a opção sexual simplesmente porque, para as crianças, não tem essa conotação”, explica o sexólogo Marcos Ribeiro, autor de diversos livros sobre sexualidade infantil, como Menino Brinca de Boneca? (Editora Salamandra). Esse foi o motivo que levou Fernanda a autorizar a avó a dar o tal carrinho para Manuela. No próximo aniversário, ela vai ganhar uma cegonha (não o pássaro, mas o caminhão),que escolheu numa loja de brinquedos, em meio a Barbies, Pollys e Susies. “Proibir não adianta. Só aumenta a curiosidade”, acredita a mãe. Ela está certa.

Velhos tempos
A diferenciação nas brincadeiras, dividindo meninos e meninas em grupos distintos, está relacionada a normas sociais que têm origem na desigualdade entre os sexos. “As brincadeiras de menino, em geral, envolvem atividades ao ar livre, como bicicleta, pipa ou skate. As meninas brincam de casinha. Isso é comum porque, antigamente, era papel do homem sair de casa para trabalhar, enquanto às mulheres, cabiam os cuidados com o lar”, constata a pedagoga Maria Angela Barbato Carneiro, coordenadora do Núcleo de Cultura, Estudos e Pesquisas do Brincar da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Acontece que os papéis sociais mudaram. Hoje, as mulheres também trabalham fora. Os homens, por sua vez, participam dos afazeres domésticos e dos cuidados com os filhos. “Ao limitarem as brincadeiras das crianças, os pais reproduzem um modelo que não existe mais”, completa o sexólogo Marcos Ribeiro.

As transformações sociais são percebidas nas brincadeiras simbólicas, aquelas em que as crianças imitam os adultos. Gustavo, de 6 anos, adora brincar de casinha. Quando era menor, ganhou uma boneca dos pais. “Como ele costumava ser agressivo com crianças menores, talvez por ciúme, queríamos ensiná-lo a cuidar de um bebê de mentira. Deu certo”, relembra a mãe, a recepcionista Eunice Araújo Lima, que também é mãe de Heitor, de 8 anos, e Lucas, de 3 anos. A própria Eunice, quando criança, brincava de carrinho e de bolinha de gude com os meninos da vizinhança. Ela e o marido, que dividem os cuidados com os filhos, não vêem problemas na inversão de brinquedos.

“No faz-de-conta, as crianças copiam os adultos ao redor. O menino que troca fralda da boneca, provavelmente, está imitando alguém da família”, afirma a educadora Maria Angela. Ela sugere que, antes de criticar, os pais observem as brincadeiras e os grupos em que as crianças estão inseridas. “Ao brincarem de casinha, os meninos representam papéis masculinos. São o pai, o médico, o motorista. Já nas brincadeiras em grupo, quando uma das crianças pertence ao sexo oposto, entra no ritmo da maioria apenas para não ficar de fora da diversão”, diz. Gustavo, por exemplo, adora a companhia das primas. Quando estão juntos, ora brincam de papai e mamãe, ora se divertem jogando bola. É por meio do “brincar de” que as crianças aprendem a lidar com os próprios sentimentos, buscando compreender o mundo, os valores e a identidade. Se os meninos que brincam de casinha serão maridos e pais participativos, é difícil afirmar. “A brincadeira, no entanto, pode ajudar ambos os sexos a elaborar seu papel social dentro da família”, conclui a pedagoga.

Notas variadas
Meninos são melhores em matemática. Meninas, em leitura. É o que sugere o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), divulgado recentemente.O relatório, feito a cada três anos pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), tem o intuito de avaliar estudantes do mundo inteiro. Do exame de 2003, que deu ênfase à matemática, participaram 250 mil jovens de 15 anos, de 41 países, incluindo o Brasil.

Brincadeiras de infância estariam por trás das diferenças nos resultados, acreditam os consultores do Pisa. Os garotos,por brincarem mais ao ar livre, teriam mais contato com espaço e forma. Foi exatamente nessas áreas — geometria, raciocínio espacial e modelos bi e tridimensionais — que eles se sobressaíram. Além do contexto sociocultural, existem as diferenças no mecanismo cerebral de homens e mulheres.Neles,o predomínio do hemisfério esquerdo, ligado à lógica, é maior. Enquanto nelas, há influência significativa também no hemisfério direito, o da intuição. Os educadores, entretanto, acreditam que seja apenas questão de oportunidade e estímulo.

Barbie X Falcon
Menino não brinca de boneca, segundo os pais mais conservadores. Mas de boneco pode? Para driblar o preconceito, a indústria de brinquedos desenvolveu personagens mais apropriados. O pioneiro, o soldado americano Falcon, da Estrela, chegou ao Brasil em 1977. Antes do lançamento, no entanto, o fabricante fez uma pesquisa para descobrir qual modelo agradaria os garotos. A resposta: o boneco deveria ser forte e cheio de cicatrizes, para garantir seu espírito de aventura e, claro, sua masculinidade. A identificação foi imediata. Só no primeiro ano, o boneco vendeu mais de 1 milhão de unidades.

A função dos bonecos, tanto da Barbie quanto do Falcon, é a mesma: representar os adultos. Eles são, portanto, fundamentais para a brincadeira — de meninos e de meninas. Outro obstáculo a ser vencido, na hora de escolher a brincadeira, é o poder da mídia sobre as crianças. Não apenas na quantidade de brinquedos, mas também nos tipos. “A criança é influenciada a desejar os modelos adequados ao sexo dela”, alerta a psicóloga Evani Costa. O ideal é que o brincar seja espontâneo e a oferta de brinquedos, variada. “Cada criança, independentemente do sexo e das diferenças fisiológicas entre eles, tem personalidade própria. Os pais devem respeitar isso”, acredita a psicopedagoga Aparecida Silva, do Gymboree, Centro de Desenvolvimento e Estimulação Infantil, em São Paulo. Isso significa não insistir no futebol, se o filho gosta de artes. Ou no balé, quando a menina prefere judô.

8 Comentários:

O mundo da Dani disse...

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
e o davi ainda levanta os braços e rodopia....kkkkkkkkk

bjusssss

Marina Rocha disse...

Hahahahahaha, é tão complicado acredito eu, mais aos poucos ele vai entendendo as coisas e vai diferenciar.
Mais que é engraçado éé néé amiga?

Beijos ;)

Unknown disse...

Eu odiava bonecas qdo era criança. Gostava mesmo era de brincar de bola ou de luta, com os meninos é claro, para horror da minha mãe. Sempre gostei de brincar com os meninos pois os achava mais livres, podiam se sujar e correr e subir em árvores sem que ninguém dissesse nada enquanto que eu ouvia sempre aquele discurso: "isso é coisa de guri" ou desce daí que menina não sobe em árvore" "senta direito que tá aparecendo a calcinha..." E no entanto, mesmo sem ter brincado de bonecas ou de casinha, nasci para ser mãe e tenho 5 filhos. As brincadeiras não me influenciaram em nada, ou talvez sim, tenham me tornado mais tolerante com minhas filhas, 4 meninas, que não usam vestido ou saias nem por um decreto do Papa, porque eu não quero que se preocupem em não mostrar as calcinhas e brinquem muito do jeito que quiserem e gostarem.
Agora, vai dizer isso para um homem, principalmente com relação a um filho homem...
Beijos

Kelly - Retrato de Mulher disse...

Um super parabéns pela Postagem !!!

O Matheus tbm gosta da Angelina Chatinha (concordo contigo... eita deseinho chato) mas ele gosta, e tbm rodopia assim como ela.

Concordo contigo em nao ver mal nenhum nisso, acho natural, pois isso faz parte do universo dele, cantar e dançar, afinal, temos filhos felizes e sem as repressoes ridiculos da decada passada.

Ter modelos dentro de casa tbm influencia bastante. Meu marido sempre me ajudou nos cuidados com o Matheus, tbm me ajuda nos trabalhos domesticos, alem de trabalhar fora, e eu faço o mesmo e tbm trabalho fora. Naturalmente qdo o Matheus me ve pegar uma vassoura, corre e vai pegar uma tbm para me ajudar a limpar a casa, e quando esta brincando com seus carrinho geralmente esta indo para o trabalho assim como ele nos ve fazendo todos os dias pela manha.

Acho tudo isso bem legal, faz parte da nova geração.
Espero que amanha qdo se tornar um adulto ele tbm ajude a familia nas coisas do dia a dia assim como o pai dele faz hoje.
Pra mim tudo isso é poditivo... Até a Angelina Chatinha ! rsrsrs

Parabéns pelo post.

Bjus

Jackie disse...

O Davi tbm ama esse desenho, nao desgruda da minha bolsa... e graças a Deus o pai nem liga... canta com ele, dança..... mas nem sempre assim...

Gabriela Teixeira disse...

Complicado neh Dani?! Quem cuida do meu filho quando estou no trabalho é minha mãe..lá em casa só tem mulher...duas irmãs e duas sobrinhas, as vezes eu fico encanada com essa situação, queria que ele tivesse uma figura masculina para brincar...enfim, lendo a matéria no seu blog hoje fiquei mais aliviada! Ai ai...como mãe sofre!
Bjokas

Mirys Segalla disse...

Dani:

É mais difícil para os pais, mesmo!... Normal. Acho que é por causa da nossa criação, da nossa cultura. Como se a masculinidade deles estivesse atrelada aos brinquedos que o filho dele brinca...

Aqui em casa, só é pior com time de futebol: maridinho dizia que preferia filho homo do que filho torcendo para time rival (que eu não vou falar qual era)! kkkkkk

Bjos e bençãos.
Mirys
www.diariodos3mosqueteiros.blogspot.com

Caroline Pozzatti disse...

kkk. Engraçado. As crianças estariam super mais se divertindo se os pais nao tivessem o que eh de menina e o que eh de menino destintos. Apoio o rosa para menina e o azul para meninos, afinal deve ser super chato alguem perguntando se seu gurizao eh menino ou menina.
Super Beijo.
Carol

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